Blues inspirado na barba esférica que diáriamente parasita o PÚBLICO e que (se) assina Eduardo Prado Coelho:
É sempre com cautelas de ourives que aborda temas da actualidade. Temas e assuntos que ainda não tiveram tempo para se tornarem objecto de estudo por parte de intelectuais de renome. Franceses, de preferência. Enquanto espera dispersa-se. Ora se socorre de lucubrações melancólicas que o saudosismo lhe suscita, ora salta para o terreiro brandindo a pena em defesa do indefensável.
Mas a tentação da abordagem pessoal está lá! Pequenina, nervosa, inquieta. Ineficaz mas exigente; a dúvida metódica: O que será ganhar um prémio? as eleições ? um tsunami ? O que será uma pergunta ? Enquanto as doutas frases dos provectos e sábios intelectuais, franceses de preferência, não são publicadas, traduzidas comentadas e criticadas, ao dispôr do vácuo voraz da sua mente oca, para prontamente serem sugadas para o interior do vazio escuro que é a sua caixa craniana, ele disserta. Com a delicadeza relojoeira de um “gourmand” a dissecar acepipes milimétricos, o espesso e barbudo barril opina, diz, escreve, sugere, impõe, massacra, desdenha, elogia, regurgita enfim enfastiado aquilo que acha por bem pendurar do seu nome.
2 comentários:
Eu não diria melhor!...
"Espesso e barbudo barril" é de antologia. :O))
Excelente, Afonso, excelente!
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