A atribuição de "quotas" na ocupação de cargos, políticos ou outros, às mulheres é uma atitude sexista de "proteccionismo" machista. O acto de atribuir quotas de participação pressupõe à partida dois lados: o lado que atribui as quotas e o lado que aceita essa atribuição. Como se trata de atribuir quotas às mulheres, obviamente quem está do lado que atribui é quem detém o poder para o fazer, neste caso os homens. Quem está do outro lado, as mulheres, está do lado submisso, do lado que aceita. E se aceita porque é que aceita um terço e não metade ? Quem é que estipula a percentagem das referidas quotas? Quem aceita as regras desse jogo reconhece, no acto, que aceita a discriminação. Quer esteja de um lado quer esteja do outro.
Não concordo com esse sistema. A ocupação de qualquer tipo de cargo, seja político ou outro, deveria obedecer apenas e sempre a critérios de competência de quem para tal se sente vocacionado. Nunca por atribuição de quotas.
Maria de Lourdes Pintasilgo, Natália Correia, Helena Vaz da Silva, etc., foram quem foram sem nunca terem beneficiado de nenhum tipo de sistema de atribuição de quotas.
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
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2 comentários:
Montellano, há qualquer coisa que te escapa nesta história das quotas não há?
Eu vou tentar explicar: Uma coisa é a proporcionalidade de deputados (sejam eles ou elas) por número de habitantes.
Outra coisa é a atribuição sexista de quotas.
Por outro lado, facto de o sistema de atribuição de quotas existir em muitos organismos, como afirmas, não faz dele um bom sistema. É apenas um "sistema" como outro qualquer para "obrigar" as mulheres a ocuparem cargos.
;-)
Fiquei agora esclarecida a respeito da tua opinião sobre "quotas" :-)
Desconhecia por completo que se faça essa discriminação baseada no género.
Competência mede-se pelo físico que temos?
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