quarta-feira, março 16, 2005

Inércias

A Igreja de Roma demorou mais de um ano a tomar uma posição oficial relativamente ao romance de Dan Brown O Código Da Vinci.
Vinte milhões de leitores em pouco mais de um ano é um número a ter em conta.
Atendendo ao tempo de reacção normal da Igreja de Roma face aos impulsos evolutivos e aprendizagens várias desta humanidade pecadora ao longo dos tempos podemos considerar que esta foi uma reação relâmpago comportando por isso uma inércia curta, práticamente inexistente.
Paquidérmica é no entanto a reacção da intelectualidade indígena (liderada pelo fundamentalismo anti-religioso-da-esquerda-republicana-totalitária) que só agora reage à opinião de terceiros sobre um livro que desconhece em absoluto (a intelectualidade nacional NÃO lê nem comenta "livros de aeroporto") adoptando, numa reacção pavloviana de babanço e abanar de cauda, uma posição de condenação e censura em tudo igual à daqueles que pretende condenar. A não perder.
Entretanto, a proliferação de opiniões, dislates, considerações e "análises" que se farão ouvir provindo das esferas ocas que até agora faziam questão de referir nunca terem lido tal livro, será histórica e digna de registo. Fenómeno imperdível de contornos pavlovianos que irá começar, provavelmente, já hoje.
A inércia da intelectualidade nativa (liderada pela esquizofrenia conspirativa da esquerda) consegue ser francamente superior à da Igreja de Roma.

1 comentário:

Flávio disse...

O Vaticano está nervoso...

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