sexta-feira, agosto 26, 2005

Retórica republicana

Em Portugal quando há desgoverno a culpa é dos "ricos". Desde que a república se arvorou em libertadora e equalizadora dos portugueses, pretendendo libertá-los do jugo opressor dos proprietários, renovando os votos disso pela última vez há trinta e um anos atrás, que é genéricamente bem aceite a descarga das culpas em cima das vítimas. Ao ameaçar os proprietários florestais com a aplicação de medidas coercivas, na linha das obras coercivas a serem executadas em prédios urbanos alugados há dezenas de anos por meia dúzia de euros, acorrentados a contratos de arrendamento ridículos, o presidente da república opta, em fim de mandato, por uma retórica populista e demagógica própria de uma república terceiro mundista, a braços com problemas graves de corrupção e traficância vária.
As consequências do laxismo irresponsável do Estado em Portugal é sempre pago pelos que por ele são mais prejudicados. Para se fazer ouvir, para se fazer respeitar, para ser levado a sério, qualquer Estado tem que dar o exemplo daquilo que entende ser o que deve ser feito.
Não é o caso em Portugal: em três anos a Tapada de Mafra, por exemplo, ardeu por duas vezes, a primeira das quais destruindo mais de 50% do seu património. Não consta que tenham sido aplicadas quaisquer medidas coercivas. Nem de qualquer outro tipo. Até hoje.

4 comentários:

Anónimo disse...

É o artista de serviço que vai entretendo e distraindo a malta, enquanto a máfia de Macau vai fazendo o que quer, através do pateta útil.
É ver a alteração dos prazos...
Xico-expertice (?)
Inocentemente (?)

Anónimo disse...

É mais o palhaço de serviço. Mas pago por nós e não para ser o palhaço rico, mas sim para defender os nossos (dos Portugueses)interesses.Não só não lhe acho graça nenhuma como já estou totalmente farto dele.
Há gajos que têm cá um paio e uma lata!

Flávio disse...

Os portugueses têm os incêndios que merecem. Se não fôssemos o povo mais desorganizado e selvagem da Europa, não haveria incêndios.

Anónimo disse...

Suponho que o Flávio seja português e se inclua a si próprio na sua crítica considerando-se então desorganizado e selvagem?
Ou são só os outros portugueses que o são?

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