A recente questão da guerra do gás natural fornecido pela Rússia à Europa via Ucrânia é perigosa.
O ressabiamento da Rússia face à opção Ucraniana pelo ocidente (Victor Yushchenko (um Yushchenko quase irreconhecível pela infecção facial com que o contaminaram, lembram-se?) e a revoada laranja) só não poderia ser tolerado por uma Rússia permanentemente insegura das suas fronteiras se essa mesma Rússia, por seu lado, não estivesse mergulhada numa depressão nostálgica de uma URSS que caiu de podre.
Ao garantir o fornecimento de gás natural pela extracção que é feita no Turquestão e Cazaquistão (regiões muçulmanas da ex-URSS) a um preço (90 US$) que é uma fracção daquilo que, publicamente anunciado, se propunha cobrar à Ucrânia (200 e...US$) a realidade é que, de uma assentada e com o apoio estratégico da Europa Ocidental, Moscovo conseguiu três coisas:
- Manter a Ucrânia dependente. Entalada entre a Europa Ocidental e o emergente fervilhanço das regiões maioritáriamente muçulmanas do sul da ex-URSS.
- Acabar com o desgastante compromisso de abastecer "directamente" o Ocidente com gás natural.
- Envolver directamente a Europa Ocidental no processo de manutenção de regimes políticos viáveis no Turquestão e Cazaquistão, regiões pró muçulmanas da ex-URSS, que lhe garantam o normal abastecimento de gás natural.
Em Portugal, dizem, o problema não se coloca porque o gás natural com que somos abastecidos provém da Argélia e da Nigéria. Pois.
O ressabiamento da Rússia face à opção Ucraniana pelo ocidente (Victor Yushchenko (um Yushchenko quase irreconhecível pela infecção facial com que o contaminaram, lembram-se?) e a revoada laranja) só não poderia ser tolerado por uma Rússia permanentemente insegura das suas fronteiras se essa mesma Rússia, por seu lado, não estivesse mergulhada numa depressão nostálgica de uma URSS que caiu de podre.
Ao garantir o fornecimento de gás natural pela extracção que é feita no Turquestão e Cazaquistão (regiões muçulmanas da ex-URSS) a um preço (90 US$) que é uma fracção daquilo que, publicamente anunciado, se propunha cobrar à Ucrânia (200 e...US$) a realidade é que, de uma assentada e com o apoio estratégico da Europa Ocidental, Moscovo conseguiu três coisas:
- Manter a Ucrânia dependente. Entalada entre a Europa Ocidental e o emergente fervilhanço das regiões maioritáriamente muçulmanas do sul da ex-URSS.
- Acabar com o desgastante compromisso de abastecer "directamente" o Ocidente com gás natural.
- Envolver directamente a Europa Ocidental no processo de manutenção de regimes políticos viáveis no Turquestão e Cazaquistão, regiões pró muçulmanas da ex-URSS, que lhe garantam o normal abastecimento de gás natural.
Em Portugal, dizem, o problema não se coloca porque o gás natural com que somos abastecidos provém da Argélia e da Nigéria. Pois.
Sem comentários:
Enviar um comentário