sábado, março 04, 2006

Dos Tempos Que Correm





Algumas mercearias do III milénio, como o Carrefour, e retrosarias sofisticadas como a Bershka, cada uma por razões diferentes, sentiram necessidade de intervir na forma de fazer marketing para não só não hostilizar os



seguidores do Islão, como também para criar uma onda de simpatia para com os seus produtos. A pressão do dinheiro, a contagem de tostões, o desejo de bons negócios leva a repensar o marketing, a justificar boicotes por parte de grupos económicos europeus aos produtos de países membros da Europa comunitária.

Segundo li aqui, as autoridades do Dubai não gostaram da imagem que a Bershka usou para publicitar a sua campanha para 2006. A Bershka alterou a imagem nas 368 lojas que detém no mundo inteiro, pedindo desculpas pelo acontecido.

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A Carrefour, por seu lado, publicita orgulhosamente no Egipto o seu boicote aos produtos dinamarqueses.
O políticamente correcto é sempre bom para o negócio. Seja ele a venda de trapos ou hortaliça.
É indiferente que o boicote da Carrefour se limite ao interior das fronteiras de países islâmicos; a hipocrisia será sempre politicamente correcta e, por isso, benvinda; enquanto o Ocidente precisar de petróleo e o petróleo estiver onde está, os pedidos de desculpa serão os que forem precisos, e a lambujice subserviente dos que, de parte a parte, dele precisam para manter o poder será omnipresente.
O resto é conversa.

3 comentários:

Anónimo disse...

E ainda havemos de pagar muito caro por essas hipocrisias ocidentais...

Marvin disse...

Tentar vender um produto hostilizando o cliente é que seria uma má ideia...

Por isso é que se os senhores do carrefour e da bershka querem vender os seus produtos nesses paises obviamente têm que os agradar e apelar a eles, ou seja aos compradores.

Daí que essa controversia politica sobre o respeito ou a bajulação do mundo ocidental ao muçulmano não se possa aplicar assim tão facilmente ao mundo da publicidade...

contradicoes disse...

A atitude do Carrefour do meu ponto de vista é condenável e motivou-me a reacção de não sendo um cliente assiduo da sua cadeia de hipermercados no nosso País, jamais a partir de agora voltar a entrar num, para adquirir seja que produto for.

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