domingo, maio 21, 2006

Ás de Trunfo

Foi o que jogou o PS ao propor que a Igreja Católica deixasse de estar representada no protocolo de Estado em Portugal.
Era uma ideia engatilhada, há muito, para o caso de, um dia,a esquerda vir a perder a Pesidência da República. O facto de tal proposta de lei nunca ter sido avançada enquanto Jorge Sampaio foi Presidente e ainda na época Guterres é sintomático e revela um certo revanchismo à Carrilho, criando um facto político ao pretender encostar à parede o mais alto magistrado da Nação. Se Cavaco deixar passar a lei trai o seu eleitorado católico. Se vetar a lei, coloca-se numa posição delicada face ao ideário ateu republicano de que se assumiu como mais alto representante ao aceitar ser Presidente da República.
A hipocrisia deste tipo de iniciativas legislativas está bem patente se considerarmos que já houve muito tempo e oportunidade para o poder republicano de esquerda avançar com legislação neste domínio. Mas isso não foi feito por uma razão muito simples: um ás de trunfo tem o seu tempo para ser jogado.
E esse tempo chegou.

2 comentários:

esgoto disse...

cá para mim este ás é um dois de paus encapotado...

O Micróbio II disse...

Cá para mim o trunfo é espadas... e com quem espada mata com espada morre, que é como quem diz "pode ser que se f..."!

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