quarta-feira, outubro 04, 2006

Os Herdeiros

Fogos queimaram 72 mil hectares em 2006

Uma mudança do comportamento cívico dos portugueses e alterações no
modelo de combate aos incêndios, agora assente no comando único,
explicam, na opinião do ministro da Agricultura, Jaime Silva, que em
2006 as chamas tenham consumido 72 mil hectares, ou seja, abaixo da meta
dos 100 mil estabelecida pelo Governo a partir de 2012.
Os números actualizados da área destruída pelos fogos florestais foram
ontem apresentados aos deputados da Comissão Parlamentar de Economia.
Houve um aumento de dois mil hectares relativamente ao que tinha sido
divulgado a 20 de Setembro, que se explicam pela verificação dos dados
que entretanto foi feita, uma vez que não se registaram mais ocorrências
desde essa altura.
Os deputados não deixaram, porém, de criticar que a meta do Governo se
situe nos 100 mil em vez dos 44 mil propostos pelos técnicos e
questionaram se o investimento financeiro que tem sido feito no combate
compensa face aos resultados. O ministro anunciou ainda que nenhuma mata
gerida pelo Estado foi afectada este ano pelas chamas.


E é assim que os herdeiros de 1910, embalados pelo putsch de 25 de Abril de 1974, se apresentam à Nação na véspera de mais um cinco-de-Outubro.
Uma questão de mais mil ou menos mil hectares, afinal de contas que merda é essa num país de analfabetos e de morangos com açucar? Cagativo, meus amigos, cagativo.
O sururu do Beato provocado pelos fasssistas do Compromisso Portugal agitou as hostes e, ó senhores , se agitou. Serviu até para que a bola semiótica, aka Prado Coelho, proclamasse pelos quatro costados aos quatro ventos a morte da direita, sem se aperceber, o pobre coitado, quão alquebrado de costas e, espanto dos espantos, direito ele é. Quadrado mesmo, numa perspectiva geométrica completa.
O cinzentismo socratiano e a sua política populista é o mais parecido com o salazarismo desde que Salazar morreu.
A glorificação da nomenclatura do pensamento único anima estertores de última hora pela boca de Helena Roseta.
A terceira via de Anthony Giddeons, que começou na prática com Blair, arrasta a sua baba retardadora na terra de Camões. Em Londres os ventos estão em vésperas de mudar. Em Portugal, as vontades são mortas à nascença.
Cinco de Outubro ? Sempre. Mas o de 1143.
Que o de 1910 está podre e cheira mal.

2 comentários:

Sergio Barroso disse...

Esse teu mau feitio.

Flávio disse...

Em matéria monárquica, estou completamente de acordo com o autor deste blogue. Não me peçam fidelidade a um regime fundado por assassinos.

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