segunda-feira, março 19, 2012

Os livros convertidos em produto de mercearia

A súcia de oportunistas que promovem sem cessar a banhada do denominado acordo ortográfico levou mais uma traulitada, desta vez de um juiz do firmamento de Viana do Castelo, a primeira cidade portuguesa a abolir as corridas de toiros o que, precisamente derivado a esse facto, impede os descabelados promotores do acordo ortográfico de classificarem a simpática cidade de reaccionária. Note-se, porém e contudo, que nada tenho contra as corridas de toiros. Como também nada tenho a favor. Trata-se de uma actividade que, pela evolução natural da espécie humana, terá os seus dias contados, de forma natural e não por imposição. Mas ainda sobre aquela merda do acordo hortographyco, vocês já repararam que tudo se resume à venda de mercadoria? Eu explico:
a mercadoria neste caso são as palavras, devidamentente acondicionadas em livros. Se se venderem as mesmas histórias escritas com menos letras - tan tan nanãããã - ganha-se mais dinheiro. Ou seja, aliviando as palavras de letras cuja utilidade sumáriamente se elimina, vende-se a mesma embalagem de palavras, pelo mesmo preço mas mais leve.
No fim de contas, o processo de transformação de livrarias em mercearias e de editores em marçanos atingiu uma evolução no nosso país que é digna de destaque internacional.

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