Ao contrário do que afirmam os meus biógrafos, nasci em 1111. A minha simpatia pelo Ideal Templário não foi no entanto suficiente para que na Ordem me filiasse. No entanto insistiram na aposição sobre o meu túmulo de um par de luvas de cota de malha, à boa maneira da homenagem Templária. Como resultado da maldição que acompanha cada Rei Fundador de uma Nação, tenho vindo a acompanhar o desenrolar da história destas gentes, com cujos antepassados tive o orgulho de poder contar, nas pelejas várias em que me aventurei, quer contra a moirama quer contra as desmedidas ambições de meu primo, El Castellaño. Consegui a certa altura que parte do pecúlio a cargo de Jacques de Molay viesse ter a estas paragens,por alturas do meu tetraneto Diniz O Trovador, tendo contribuído de forma decisiva para o empreendimento Descobrimentos. O nome mudou, de Ordem do Templo passou a Ordem de Cristo, mas o objectivo manteve-se. O objectivo, mantém-se. Portugal (ainda) está por cumprir.
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