O esforço que o quase extinto secretário de Estado da Administração Interna tem feito para explicar que a prevenção e combate aos incêndios em Portugal tem que se sobrepôr aos interesses político-partidários mostra, se calhar, que o trabalho desenvolvido por Pedro Almeida Vieira não tem sido esquecido.
Há muito que aprender com o que tem sido feito aqui ao lado, na Andaluzia, numa área sensívelmente igual à de Portugal. Não só em gestão de recursos (os bombeiros andaluzes, por exemplo, têm incomparávelmente menos viaturas que os portugueses), como na prevenção e combate, a cargo de autênticos comandos de elite.
Por outro lado, o discurso pós época de incêndios questionando a actual gestão da Reserva Ecológica Nacional (REN) e da Reserva Agrícola Nacional (RAN) com o patrocínio da presidência da república é música para os ouvidos dos partidários da regionalização de recursos tão vitais como o solo, a floresta e os rios. Numa altura em que tais recursos são considerados por uma questão de bom senso, como vitais à sobrevivência do próprio planeta, os adeptos da regionalização destes recursos apoiados pelos argumentos apresentados no Estudo Científico do Eng. Sidónio Pardal advogam a caducidade de projectos conservacionistas como os da REN e RAN. Imaginem o que seria do que resta deste país, se a gestão das florestas, solos e rios fosse entregue aos iluminados presidentes de Câmara especialistas na depredação urbanística e paisagística.
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Os Fogos
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