quarta-feira, junho 08, 2005

Mais do mesmo, servido a quente

A elevação da desgraça miserável dos incêndios em Portugal à categoria de acontecimento sazonal inevitável pressupõe a sua eternização em forma de fado recorrente sendo, por isso, perigosa.
Em Agosto de 2004, a revista Grande Reportagem publicou um excelente trabalho de Pedro Almeida Vieira sobre as diferenças de abordagem do problema dos incêndios em Espanha e em Portugal. Num post de 30 de Dezembro de 2004 reproduzi, na íntegra, o texto desse trabalho.
Dar a conhecer essa diferença de abordagens de um mesmo problema grave é importante.
Uma coisa é o poder republicano convencer as suas hostes que, pobres coitadas jamais conheceram outra realidade, todo o trabalho possível está a ser feito, que os investimentos na prevenção e combate aos incêndios são muitos e por demais evidentes, e que a crise económica que Portugal agora atravessa não dá para mais.
Outra coisa é as hostes cá do reino terem acesso a informação que lhes mostre e prove, por a + b , que o regime republicano mente com quantos dentes tem nas fauces, interessado como está em perpetuar um status quo que favorece a especulação imobiliária e a degradação gradual e permanente de um património que é de todos inviabilizando uma qualidade de vida a que todos temos direito.
Agora a sério. Encham-se de paciência e leiam o trabalho de investigação que o Pedro Almeida Vieira levou a cabo na Andaluzia "(...)
território com uma dimensão geográfica idêntica à de Portugal Continental e com uma área florestal de cerca de 4,3 milhões de hectares, há mais de uma década que os incêndios deixaram de ser uma fatalidade. Entre 1995 e 2003, por exemplo, a Andaluzia perdeu menos floresta e mato do que Portugal em 24h de alguns dias de Agosto do ano passado. (...)

1 comentário:

Anónimo disse...

como eu gostava de ser um blog, assim sempre me davas um bocadinho mais do teu precioso tempo...

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