quarta-feira, julho 02, 2008

A entrevista de Sócrates

Não vi. Também não precisei.
Depois de fumar à varanda beberricando um tinto alentejano, enquanto trocava impressões com a Sancha sobre a merda que se aproxima a rajadas fartas turbo-propulsionada por subidas do preço do petróleo, acompanhada por investidas descabeladas de palestiniano retro-escavador de encontro a quem lhe aparecesse no caminho, preferi confiar no juízo sábio da sogra que do alto raso dos seus 87 anos tem o poder de síntese de uma sebenta de estudante de 1968, desci à sala para ouvir o óbvio:
Esteve a dar o Sócras na televisão. "Eu tenho uma grande responsbilidade", disse ele. "Não digo o que querem ouvir. Só faço o que a minha cabeça manda". Eu que até nem gosto dele, gostei de o ouvir e acho que falou bem.
Claro que falou bem. Nada como palavras que exalam confiança, que transpiram futuro para sossegar as hostes, que é como quem diz, o povo.
Hostes em vias de lhe garantir maioria absoluta em 2009.
Quem disse que a terceira via veio para ficar?
Eu , claro.

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