sábado, junho 13, 2009

Da Liberdade de Expressão

O insulto, a difamação e a propagação das calúnias e boatarias mais reles que se podem imaginar têm sido os argumento de ouro da nomenklatura do regime republicano, sejam políticos ou comentadores, para que seja instituída a censura à liberdade de expressão na B.L.U.S.A. (*) . Escusado será dizer que o alcance de tais calúnias, boatos e difamações raramente atinge a borda da sarjeta de onde são proferidos(as). Acontece a muita gente pisar bosta de cão quando se passeia a pé pelas cidades e vilas cá do reino. Mas não passa disso; bosta de cão limpa-se com facilidade.
O que é insuportável para a nomenklatura republicana indígena é a proliferação de opinião livremente expressa em blogs de autor anónimo. Como este e outros. Sobretudo para os que se acham com o pelouro exclusivo da opinião paga por jornais e televisões. A mentalidade inquisitorial dessa gente, herdeira da obsessão persecutória da primeira república, não suporta a existência de pseudónimos; é-lhes mais difícil exercer represálias, seja a nível de emprego (leia-se subsistência) seja a nível pessoal, leia-se harassement.
Vem isto a propósito deste post de O Jumento, um blog de referência e que incomoda muita gente. Existe também a censura de comentários em blogs do regime, mas isso fica para outras núpcias. Também existe o flamingo rosa, o painel solar, a cerveja sem álcool e a águia de Bonnelli, mas são coisas não têm nada a ver com esta história.
Cá por mim, que escolhi o pseudónimo do primeiro Rei de Portugal quando criei Portugraal - Um blog Monárquico, vou mantê-lo enquanto me apetecer embora cada vez nais ciente do aburguesamento pastelão da aristocracia nativa, cada vez mais preocupada com a sua imagem social e cada vez mais afastada do povo que em tempos foi seu aliado incondicional. Dá-me ganas assistir ao apodrecimento ao sol deste país, como preconizou Vasco Pulido Valente, enquanto os que se reclamam monárquicos perdem o tempo e a tesão com discussões estéreis e paradas de vaidade. A recente polémica entre o dirigente do PCP-ex PPM (Partido dos Câmara Pereira) e os apoiantes de D. Duarte é o exemplo perfeito daquilo a que me refiro. A monarquia em Portugal morreu quando a aristocracia se aburguesou e só seria restaurável se o povo quisesse, o que parece cada vez mais longe de poder vir a acontecer.
Ó Duques, Condes e Viscondes deste reino, atrevam-se a descer dos pedestais onde os vossos antepassados vos puseram, metam as mãos na massa e mostrem o que valem e do ques são capazes. Mostrem-no com a prática diária e o exemplo das vossas vidas, com mais participação menos cagança e menos apelos a Nossa Senhora de Fátima.

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