Embora portador do cartão do cidadão (expressão funesta que pressupõe a subtracção do cartão a outro cidadão que não eu e que, na verdade, se deveria chamar cartão de cidadão onde actualizei a minha residência para uma freguesia do concelho de Cascais), um solícito SMS em resposta ao meu demandar de bearings pôs-me a votar em Lisboa, na freguesia da minha antiga residência. O projecto "Lisboa com sentido" contou assim com mais um voto. Infelizmente insuficiente para defrontar o fervor formiguejante da esquerda niilitante que trocou os vários clubes de que é associada para entregar a Câmara ao Costa.
Mas não esteve só, a dita esquerda niilitante. Teve a companhia da direita diletante, monárkicos* incluídos, no cagar nas suas convicções e na dádiva empenhada do seu voto CONTRA Santana Lopes. Pacheco Pereira, por exemplo, podia ter sido um deles. Durão Barroso idem. E muitos mais. Quinze mil votos não é nada. Dava para encher o Estádio Nacional em dia de Jogo Grande mas fora isso não é nada. Não é nada mas foi o suficiente para garantir a vitória do Costa com um programa que prevê uma parada de contentores à beira rio, um "pulmão verde" no sítio do aeroporto da Portela com inauguração prevista para o 5 de Outubro de 3010, um Terreiro do Paço escalavrado e um aumento significativo do tráfego de Joaquins e de Rogérios pilotando os seus TIR à beira rio e por dentro da cidade, ou como é que pensavam que o conteúdo dos contentores seria distribuido a partir das docas? Li com o maior interesse o que escreveu Eduardo Cintra Torres no Público de hoje e pude constatar duas coisas: a primeira é o alegado plágio descarado que fez do título da sua crónica; o título Mais do mesmo(*) foi o título que eu dei ao post de 20 de Setembro em que escrevi como se estivesse na ressaca das eleições legislativas de 27 e, por isso, o uso no post de hoje. A segunda constatação é a de que apesar de estarmos ambos de acordo (os comentadores de serviço nas estações de TV durante a noite eleitoral nunca estão minimamente preparados para o trabalho para que foram contratados) , dizia eu que pelo facto de Eddy Sintra Torrez ter alegadamente plagiado o título do meu post eu não lhe guardo nenhum rancor; guardo-lhe antes umas pêras rocha cozidas em vinho tinto feitas cá em casa pela Sancha (a que deu o pomposo nome francês de puáre ou van) e que que estão um espectáculo. De fazer doer aquela zona dos maxilares entre as orelhas e o pescoço, só de as cheirar.
Por outro lado, e em jeito de quem assobia para o lado quando a tia dá um traque na Missa, O leit motiv de que está impregnado o facto de Barack Obama ter ganho o prémio Nobel está intimamente ligado com o que foi ganho pelo Saramago há uns anos atrás: um estímulo para começarem a fazer qualquer coisa de jeito.
(*) Monárkicos (s. m.)- Conjunto de protozuavos organizados em nomenklatura pró-activa, constituído por pessoas extremamente bem intencionadas e que têm a tendência de olhar fixamente o dedo de quem lhes aponta o futuro. Degeneração de monárquicos. Grupo esquizóide que parasita o ideal monárquico, que tão depressa se constitui em partidos políticos como logo de seguida, em frenesim incontrolável, adoptam lascivamente o comportamento que é próprio das espécies que praticam o laico hábito da autofagia compulsiva.
Mas não esteve só, a dita esquerda niilitante. Teve a companhia da direita diletante, monárkicos* incluídos, no cagar nas suas convicções e na dádiva empenhada do seu voto CONTRA Santana Lopes. Pacheco Pereira, por exemplo, podia ter sido um deles. Durão Barroso idem. E muitos mais. Quinze mil votos não é nada. Dava para encher o Estádio Nacional em dia de Jogo Grande mas fora isso não é nada. Não é nada mas foi o suficiente para garantir a vitória do Costa com um programa que prevê uma parada de contentores à beira rio, um "pulmão verde" no sítio do aeroporto da Portela com inauguração prevista para o 5 de Outubro de 3010, um Terreiro do Paço escalavrado e um aumento significativo do tráfego de Joaquins e de Rogérios pilotando os seus TIR à beira rio e por dentro da cidade, ou como é que pensavam que o conteúdo dos contentores seria distribuido a partir das docas? Li com o maior interesse o que escreveu Eduardo Cintra Torres no Público de hoje e pude constatar duas coisas: a primeira é o alegado plágio descarado que fez do título da sua crónica; o título Mais do mesmo(*) foi o título que eu dei ao post de 20 de Setembro em que escrevi como se estivesse na ressaca das eleições legislativas de 27 e, por isso, o uso no post de hoje. A segunda constatação é a de que apesar de estarmos ambos de acordo (os comentadores de serviço nas estações de TV durante a noite eleitoral nunca estão minimamente preparados para o trabalho para que foram contratados) , dizia eu que pelo facto de Eddy Sintra Torrez ter alegadamente plagiado o título do meu post eu não lhe guardo nenhum rancor; guardo-lhe antes umas pêras rocha cozidas em vinho tinto feitas cá em casa pela Sancha (a que deu o pomposo nome francês de puáre ou van) e que que estão um espectáculo. De fazer doer aquela zona dos maxilares entre as orelhas e o pescoço, só de as cheirar.
Por outro lado, e em jeito de quem assobia para o lado quando a tia dá um traque na Missa, O leit motiv de que está impregnado o facto de Barack Obama ter ganho o prémio Nobel está intimamente ligado com o que foi ganho pelo Saramago há uns anos atrás: um estímulo para começarem a fazer qualquer coisa de jeito.
(*) Monárkicos (s. m.)- Conjunto de protozuavos organizados em nomenklatura pró-activa, constituído por pessoas extremamente bem intencionadas e que têm a tendência de olhar fixamente o dedo de quem lhes aponta o futuro. Degeneração de monárquicos. Grupo esquizóide que parasita o ideal monárquico, que tão depressa se constitui em partidos políticos como logo de seguida, em frenesim incontrolável, adoptam lascivamente o comportamento que é próprio das espécies que praticam o laico hábito da autofagia compulsiva.
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