segunda-feira, dezembro 20, 2004

Notícias parvas

Na sua edição do passado Sábado, 18 de Dezembro, com o título "Santana tem "Hospital" em S. Bento" o Expresso inaugurou, com honras de 1ª página, uma nova forma de notícias: a notícia parva.

Eis mais dois exemplos de notícias parvas, todavia não publicadas no Expresso:

Implosão em Pastelaria

De acordo com o testemunho do Sr. José, empregado na conceituada Pastelaria “A Andorinha”, nunca se vira nada assim. Emília Costa, conhecida cabeleireira na vila de Paço d’Arcos e proprietária do reputado cabeleireiro com o mesmo nome situado no Centro Comercial local, protagonizou um episódio considerado como sendo um dos mais sinistros dos últimos trinta e cinco anos ocorrido nesta simpática vila do concelho de Oeiras. Após ter ingerido um pastel de nata e um café, antes mesmo de ter tido tempo para pagar, implodiu, tendo-se transformado num volume autografado da trigésima série de bolso da conhecida “História Concisa de Portugal”, da autoria do professor José Hermano Saraiva.

Apesar de ostentar na capa “ 30ª edição – 20.000 exemplares” Emília Costa afiançava ser exemplar único.

Ataque a veículo camarário

Esta madrugada um inesperado ataque a um veículo de aspiração e limpeza da Câmara Municipal de Cascais sobressaltou o sono dos habitantes da vetusta comunidade de Carcavelos. Seriam uma quatro horas quando, em frente da repartição de finanças local, um indivíduo munido de um taco de “baseball” e de duas granadas de mão investiu violentamente contra um veículo camarário em serviço, conduzido pelo magrérrimo ucraniano Sergueiv Antonov.

Aos gritos de “morre foda-se caralho morre foda-se caralho” o indivíduo introduziu uma das granadas na boca do mecanismo assoprador de folhas e a outra no tubo de sucção do aspirador do veículo.

Em seguida, volteando o taco de "baseball" sobre a própria cabeça, pulverizou os vidros dos faróis. Apavorado com tudo isto, o condutor ucraniano saltou tão fortemente para fora do veículo que acabou por se estatelar ao comprido no pátio da parada do quartel dos Bombeiros Voluntários, situado a 500 m de distância.

À hora do fecho desta edição tentámos, em vão, algumas explicações junto do comandante dos bombeiros que se encontrava a ser interrogado na esquadra local por não ter cumprido o Regulamento de Segurança Municipal que obriga à recolha de todas as canas provenientes dos foguetes utilizados nas festas dos santos populares até 10 dias após o término das mesmas.


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