De Charles of Windsor, herdeiro do trono de Inglaterra com Camilla Parker Bowles, amantes há 30 anos.
Politicamente falando terá, a seu tempo, muito que se lhe diga.
Este casamento lembra-me um episódio decorrido durante outro casamento real em que também um Charles esteve envolvido.
Ficaria na História como Charles II. Nunca D. Carlos II, como escreveu Miguel de Sousa Tavares em O Equador. Adiante. De indole leviana e vingativa, não se coibiu, por exemplo, de mandar desenterrar o cadáver do republicano Oliver Cromwell para que se procedesse ao ritual executório que para o mesmo foi considerado o necessário: enforcamento seguido de decapitação. O mesmo Cromwell que providenciara a decapitação do seu pai, Charles I.
Enfim...
Destinada a partilhar a mesa, o trono e a cama desta criatura gentil, atenta e tolerante, foi escolhida a princesa Dona Catarina de Bragança, filha de Dom João IV, Rei de Portugal.
Tratando-se de um casamento eminentemente político, e não estando o Rei Inglês minimamente interessado na noiva, nos convidados ou na cerimónia em si, resolveu manifestar esse seu sentimento prolongando o mais que pôde o atraso com que chegou à cerimónia a que se seguiria grandioso banquete, como seria de esperar, dada a real importância dos noivos.
Apercebendo-se do mal estar causado pelo atraso do Príncipe, Dona Catarina de Bragança decidiu mandar servir chá, por forma a mitigar, por pouco que fosse, a fome que já se fazia sentir e a consequente indisposição generalizada por parte dos convidados e do muito povo que, na rua, aguardava a cerimónia.
Foi a partir deste dia, e em memória solidária com esse gesto da princesa portuguesa, que em Inglaterra se instituiu o ritual diário do chá, ficando de tal forma enraizado na maneira de ser britânica que se tornou um estereótipo do ser inglês.
3 comentários:
Porque é que o Primeiro Ministro ofereceu Galinhas aos Membros do Governo?
Toda a Verdade em:
www.riapa.pt.to
É tudo uma questão de chá.
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