segunda-feira, outubro 27, 2008

Introdução à política - Lição I

O tempo está instável, os ventos mudam, há que fazer bordos para manter a liderança na regata.
Desta vez o bordo é a bombordo, ou seja à esquerda, para os menos familiarizados com alguma da linguagem dos navegantes. Ao manter o aumento do salário mínimo nos € 450,00 Sócrates não só mantém o que ficou estabelecido na última concertação social/salarial como destrunfa à esquerda, atraindo para si muitas intenções de voto em 2009. Mais: a bancada do PS ao questionar a proposta do Governo relativamente ao pagamento dos salários em géneros para além da vontade expressa dos trabalhadores, assume o protagonismo evidenciando tiques oposicionistas tirando o tapete à suposta oposição de esquerda. Em duas penadas retira argumentos à esquerda enquanto espicaça a direita onde lhe dói mais nos tempos que se adivinham: no seu eleitorado.
Paulo Portas e Ferreira Leite têm trabalhos de casa com problemas difíceis.
Jerónimo de Sousa e frei Louçã idem aspas.
Sócrates, por seu lado, está cada vez mais perto de garantir uma maioria absoluta em 2009; parece que a terceira via veio para ficar.
Por outro lado, o mea culpa de Alan Greenspan, reconhecendo ter sido um erro confiar na liberalização absoluta dos mercados partindo do pressuposto que as entidades financeiras tudo fariam para defender os interesses dos seus acionistas, o que não aconteceu, é argumento considerável contra a babujice neoliberal.
Entretanto o Leixões lidera o campeonato nacional.

1 comentário:

contradicoes disse...

Como sempre oportuno numa correcta visão sobre o panorama político e financeiro. Nunca José Sócrates pensou que quer a crise verificada no maior partido da oposição quer a financeira local e internacional o favorecessem tanto a sua mais que segura reeleição.

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